From Mimicry to Authenticity

The Instituto Superior de Estudos Brasilieiros on the Possibility of Brazilian Culture (1954–1960)

Courtney J. Campbell

Abstract

Este artigo visa a analisar como Roland Corbisier, Nelson Werneck Sodré, Álvaro Vieira Pinto, Guerreiro Ramos e Roberto Campos—todos intelectuais do Instituto Superior dos Estudos Brasileiros (ISEB)—lidaram com os conceitos de cultura, alienação, mimetismo e imperialismo entre 1954 e 1960. Para este fim, oferecemos um contexto histórico e uma análise profunda de três ensaios que Sodré, Corbisier e Campos apresentaram sobre “Situações e alternativas da cultura brasileira” no congresso Introdução aos problemas do Brasil (1955). Também analisamos Consciência e realidade nacional (1960) de Vieira Pinto, O problema nacional do Brasil (1960) de Guerreiro Ramos, e “Situação e alternativas da cultura brasileira” de Roland Corbisier, publicado em Formação e problema da cultura brasileira (1959). Estes textos oferecem interpretações heterogêneas de “cultura”, permitindo uma anâlise abrangente do desenvolvimentismo nacional brasileiro. Concluimos que o discurso isebiano sobre cultura e desenvolvimento nos anos 50 tem um sistema de raízes diversificado, representando um equilíbrio entre a teoria de modernização, o Marxismo nacional e o crescente movimento pós-colonial. Os isebianos empregaram conceitos de imperialismo, liberação, e desenvolvimento no âmbito cultural, produzindo manifestações incipientes do que depois será conhecido como imperialismo cultural. As idéias sobre cultura e desenvolvimento geradas no ISEB foram marcantes ao longo da segunda metade do século vinte e, até hoje, continuam influenciando os movimentos sociais e o pensamento social, tanto brasileiro quanto estrangeiro.

Resumo

Abstract

Este artigo visa a analisar como Roland Corbisier, Nelson Werneck Sodré, Álvaro Vieira Pinto, Guerreiro Ramos e Roberto Campos—todos intelectuais do Instituto Superior dos Estudos Brasileiros (ISEB)—lidaram com os conceitos de cultura, alienação, mimetismo e imperialismo entre 1954 e 1960. Para este fim, oferecemos um contexto histórico e uma análise profunda de três ensaios que Sodré, Corbisier e Campos apresentaram sobre “Situações e alternativas da cultura brasileira” no congresso Introdução aos problemas do Brasil (1955). Também analisamos Consciência e realidade nacional (1960) de Vieira Pinto, O problema nacional do Brasil (1960) de Guerreiro Ramos, e “Situação e alternativas da cultura brasileira” de Roland Corbisier, publicado em Formação e problema da cultura brasileira (1959). Estes textos oferecem interpretações heterogêneas de “cultura”, permitindo uma anâlise abrangente do desenvolvimentismo nacional brasileiro. Concluimos que o discurso isebiano sobre cultura e desenvolvimento nos anos 50 tem um sistema de raízes diversificado, representando um equilíbrio entre a teoria de modernização, o Marxismo nacional e o crescente movimento pós-colonial. Os isebianos empregaram conceitos de imperialismo, liberação, e desenvolvimento no âmbito cultural, produzindo manifestações incipientes do que depois será conhecido como imperialismo cultural. As idéias sobre cultura e desenvolvimento geradas no ISEB foram marcantes ao longo da segunda metade do século vinte e, até hoje, continuam influenciando os movimentos sociais e o pensamento social, tanto brasileiro quanto estrangeiro.

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