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Resumo
Neste trabalho pretendo analisar a crítica de José de Alencar (1829–1877) como fonte de reflexões sobre o projeto de escrever e difundir narrativas de história nacional. Este projeto, que se liga à ascendência do Estado-nação nos últimos anos do sec.XVIII, ganhou importância notável no Romantismo do XIX, tanto na Europa quanto na América. Alencar contribuiu à manifestação brasileira deste projeto de maneira multiforme. Além de escrever seus famosos romances históricos, ele desempenhou o papel menos conhecido de teórico da narrativa histórica nacional. Começarei por esboçar o contexto intelectual e histórico do Romantismo e seu engajamento com a narrativa de história nacional, enfocando os casos alemão e brasileiro. Examinarei em seguida três temas tocados por Alencar na sua crítica, e que considero como centrais ao projeto de narrar o passado nacional: (1) o caráter da história nacional; (2) a relação entre história e literatura; e (3) a importância do contexto nacional. Referir-me-ei especificamente aos seguintes textos alencarianos: as crônicas “Ao correr da pena” (1853–5), as cartas sobre A Confederação dos Tamoios (1856), e “Benção paterna”, o prefácio ao romance Sonhos d’ouro (1870).
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