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Resumo
Este texto propõe-se analisar a série de imagens intitulada “A Vida de Maria,” criada por Paula Rego em 2002, a pedido de Jorge Sampaio, então Presidente da República Portuguesa. Discute-se aqui a questão da representação do feminino em articulação com o sagrado e o profano, conceitos que, através destas imagens, assim como de outras que serão aqui mencionadas apresentando tanto visões canónicas do feminino, como a sua suposta sacralização, Paula Rego subverte. Este processo é aqui analisado como uma estratégia de “re-visão” paródica, próxima do palimpsesto na narrativa pós-moderna, que questiona profundamente a tradição religiosa, bem como os modelos e estereótipos do feminino, mantendo contudo uma profícua relação de ambiguidade com o sublime e com o sagrado.
- © 2008 by the Board of Regents of the University of Wisconsin System
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