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Resumo
Este artigo explora a intersecção dos conceitos de racionalidade, subjectividade e comunidade no romance Ensaio sobre a Cegueira de José Saramago. Num primeiro momento, o ensaio analisa a forma como a narrativa questiona a noção de racionalidade herdada pela Modernidade do Iluminismo, que desemboca frequentemente em abusos da razão, exemplificados no texto pelas medidas de control da epidemia de cegueira adoptadas pelo estado. A esta instrumentalização da razão opõe-se a subjetividade dos cegos, sendo que a cegueira serve de mediação para uma reflexão sobre a própria definição de sujeito, que o artigo explora fazendo referência a Althusser, Foucault e Judith Butler. A autora sugere que a epidemia de cegueira leva à criação de uma subjectividade alternativa, que cristaliza num sujeito comunitário ou colectivo, ideia que se coaduna com as convicções marxistas de Saramago.
- © 2009 by the Board of Regents of the University of Wisconsin System
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