Transgendering in Luso-Brazilian Speculative Fiction from Machado de Assis to the Present

Mary Elizabeth Ginway
PDF extract preview

This is a PDF-only article. The first page of the PDF of this article appears above.

Resumo

Este artigo traça o tema do transexualismo em seis obras de literatura luso-brasileira do século XIX até à atualidade. Argumenta-se que a marginalidade do gênero de ficção especulativa fornece um rico solo para o tema, produzindo uma visão progressista em questões de gênero e sexualidade. Os primeiros textos a serem analisados, “As academias de Sião” (1884) de Machado de Assis e Esfinge (1908), de Coelho Neto, são brasileiros, enquanto a novela Confissão de Lúcio (1914), de Mário Sá Carneiro, é portuguesa. Só décadas depois publicam-se textos da mesma temática transexual, representados no Brasil pelos contos “Transplante de cérebro” (1978) de André Carneiro e “A mulher” (1995) de Roberto de Sousa Causo, e em Portugal, por “Shelob” (2002) de Sacha Ramos. Analisadas através de teorias de Derrida, Sedgwick, Kristeva e Butler, as seis obras exploram a arbitrariedade de convenções sociais, ressaltada pela presença de personagens transexuais. Esta presença, ora ameaçadora, ora libertadora, possibilita a articulação de uma sensibilidade transexual, fornecendo uma visão alternativa da realidade social. Enquanto estas sociedades tradicionais procuravam controlar o corpo através de instituições como a escravidão, a Igreja e o Estado, descobre-se que, nas margens culturais, a literatura fantástica dá ampla oportunidade para representar a alteridade sexual.

This article requires a subscription to view the full text. If you have a subscription you may use the login form below to view the article. Access to this article can also be purchased.

Log in through your institution

Purchase access

You may purchase access to this article. This will require you to create an account if you don't already have one.