“Wake Up and Smell the Coffee”

Cultural (Re)Awakenings in Independent Timor-Leste

Anthony Soares

Abstract

Este artigo examina o contexto da produção cultural no Timor-Leste contemporâneo. Começando com uma análise da relação íntima entre a literatura anti-colonial timorense e as suas circunstâncias materiais, esboça a amplitude que essa relação continua a ter na produção literária pós-colonial. Propõe que escritores contemporâneos timorenses reflectem a preocupação que a identidade cultural local, activamente reprimida durante o colonialismo, continua a ser ameaçada por forças externas. Instantes de conflicto no Timor-Leste independente não se relacionam apenas com o descontentamento face à incapacidade das elites internas e externas de melhorar as vidas da maioria, mas também constituem graves obstáculos à actividade cultural; além disso, personalidades anti-institucionais liderando tais conflictos tornam-se mais facilmente heróis para os que desconhecem as vozes literárias que criticam a evolução da nação pós-colonial. Contudo, o artigo conclui sublinhando iniciativas governamentais recentes, assim como as estratégias utilizadas por escritores contemporâneos para ultrapassar a invisbilidade à qual a produção cultural timorense tem vindo a ser remetida.

Resumo

Abstract

Este artigo examina o contexto da produção cultural no Timor-Leste contemporâneo. Começando com uma análise da relação íntima entre a literatura anti-colonial timorense e as suas circunstâncias materiais, esboça a amplitude que essa relação continua a ter na produção literária pós-colonial. Propõe que escritores contemporâneos timorenses reflectem a preocupação que a identidade cultural local, activamente reprimida durante o colonialismo, continua a ser ameaçada por forças externas. Instantes de conflicto no Timor-Leste independente não se relacionam apenas com o descontentamento face à incapacidade das elites internas e externas de melhorar as vidas da maioria, mas também constituem graves obstáculos à actividade cultural; além disso, personalidades anti-institucionais liderando tais conflictos tornam-se mais facilmente heróis para os que desconhecem as vozes literárias que criticam a evolução da nação pós-colonial. Contudo, o artigo conclui sublinhando iniciativas governamentais recentes, assim como as estratégias utilizadas por escritores contemporâneos para ultrapassar a invisbilidade à qual a produção cultural timorense tem vindo a ser remetida.