Abstract
O presente artigo analisa o romance Parque industrial (1933), de Patrícia Galvão (Pagu), como uma tentativa de repensar a forma do romance em relação com a esfera crescente da cultura de massas nos anos 30 no Brasil. Minha proposta é ler o romance como um texto do modernismo tardio preocupado, pela primeira vez, tanto com o registro quanto com a produção da figura emergente e instável das massas. Eu focalizo em duas mídias: o cinema, especificamente na montagem soviética, e a voz humana, mostrando como Pagu negocia com elas. A partir das teorias contemporâneas de Walter Benjamin e a reflexão mais recente de Roberto Schwarz, situo o romance de Pagu como parte de uma batalha mais ampla em torno de como escrever com e através da lógica da reprodução seriada.
Resumo
Abstract
O presente artigo analisa o romance Parque industrial (1933), de Patrícia Galvão (Pagu), como uma tentativa de repensar a forma do romance em relação com a esfera crescente da cultura de massas nos anos 30 no Brasil. Minha proposta é ler o romance como um texto do modernismo tardio preocupado, pela primeira vez, tanto com o registro quanto com a produção da figura emergente e instável das massas. Eu focalizo em duas mídias: o cinema, especificamente na montagem soviética, e a voz humana, mostrando como Pagu negocia com elas. A partir das teorias contemporâneas de Walter Benjamin e a reflexão mais recente de Roberto Schwarz, situo o romance de Pagu como parte de uma batalha mais ampla em torno de como escrever com e através da lógica da reprodução seriada.
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