A transparência do canto e o obstáculo do mundo

O tempo no modernismo de Mário de Andrade

Pedro Meira Monteiro

Detenho-me, neste artigo, sobre o papel do canto coletivo na postulação de uma potência popular, na obra de Mário de Andrade. Analiso como a busca da vox populi atravessa o seu pensamento, e como condiciona o deslumbramento diante daquilo que se resguardaria da modernização, como se verá também na crítica de Alfredo Bosi. No arco que une Andrade a Bosi, compreende-se a função do sujeito popular em sua imaginação do Brasil. A investigação de tal função permite revisitar velhas questões à luz de contextos contemporâneos. Afinal, no Brasil de hoje, o que quer que se identifique a uma potência popular é objeto de desejo e temor, como se o próprio povo, como categoria significante, fosse uma instância em litígio, na qual se depositam tantas esperanças quanto dúvidas.

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Resumo

Detenho-me, neste artigo, sobre o papel do canto coletivo na postulação de uma potência popular, na obra de Mário de Andrade. Analiso como a busca da vox populi atravessa o seu pensamento, e como condiciona o deslumbramento diante daquilo que se resguardaria da modernização, como se verá também na crítica de Alfredo Bosi. No arco que une Andrade a Bosi, compreende-se a função do sujeito popular em sua imaginação do Brasil. A investigação de tal função permite revisitar velhas questões à luz de contextos contemporâneos. Afinal, no Brasil de hoje, o que quer que se identifique a uma potência popular é objeto de desejo e temor, como se o próprio povo, como categoria significante, fosse uma instância em litígio, na qual se depositam tantas esperanças quanto dúvidas.

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