Este artigo pretende focar a obra do vanguardista Flávio de Carvalho como uma das possibilidades de edificar, na altura, e de considerar, na atualidade, um modernismo outro: mais cosmopolita, inconveniente e libertário do que aquele que corresponde à visão consensual e excludente do Modernismo Brasileiro tout court. Para tal, por um lado, procede-se a uma análise avaliativa das especificidades e dos contributos da heterodoxa e (auto)indagatória Expe-riência nº 2 (1931) do criador paulista, no entrecruzamento interartístico, na hibridação genérica e na prévia ação performática que a gera. Por outro lado, é examinada a enciclopédia cultural do pensum psicológico e antropológico que alicerça essa ação-ensaio experiencial, o modo plástico-interventivo dada-ísta, expressionista e surrealista a que obedece e, finalmente, a crítica feroz dos determinismos implícitos, da dominação simbólica e do ritualismo impositivo que ela apresenta.
Resumo
Este artigo pretende focar a obra do vanguardista Flávio de Carvalho como uma das possibilidades de edificar, na altura, e de considerar, na atualidade, um modernismo outro: mais cosmopolita, inconveniente e libertário do que aquele que corresponde à visão consensual e excludente do Modernismo Brasileiro tout court. Para tal, por um lado, procede-se a uma análise avaliativa das especificidades e dos contributos da heterodoxa e (auto)indagatória Expe-riência nº 2 (1931) do criador paulista, no entrecruzamento interartístico, na hibridação genérica e na prévia ação performática que a gera. Por outro lado, é examinada a enciclopédia cultural do pensum psicológico e antropológico que alicerça essa ação-ensaio experiencial, o modo plástico-interventivo dada-ísta, expressionista e surrealista a que obedece e, finalmente, a crítica feroz dos determinismos implícitos, da dominação simbólica e do ritualismo impositivo que ela apresenta.
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