Mário de Andrade

Centralidade excêntrica

Ivan Marques

Perto de completar o seu primeiro centenário, e apesar de ser visto frequentemente em nossos dias como ingênuo e inatual, o movimento modernista de 1922 segue despertando polêmicas. Este ensaio procura discutir alguns balanços críticos do modernismo publicados recentemente na grande imprensa e também em veículos especializados, relacionando-os com certos clichês a respeito do “futurismo paulista” construídos ao longo de décadas pela historiografia literária. A reflexão se detém na figura de Mário de Andrade, cuja obra é considerada como um dos pilares da literatura brasileira moderna, não por ser a encarnação de um grande projeto ideológico, mas pela consciência das contradições, pela crise e negatividade que ela manifesta.

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Resumo

Perto de completar o seu primeiro centenário, e apesar de ser visto frequentemente em nossos dias como ingênuo e inatual, o movimento modernista de 1922 segue despertando polêmicas. Este ensaio procura discutir alguns balanços críticos do modernismo publicados recentemente na grande imprensa e também em veículos especializados, relacionando-os com certos clichês a respeito do “futurismo paulista” construídos ao longo de décadas pela historiografia literária. A reflexão se detém na figura de Mário de Andrade, cuja obra é considerada como um dos pilares da literatura brasileira moderna, não por ser a encarnação de um grande projeto ideológico, mas pela consciência das contradições, pela crise e negatividade que ela manifesta.

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