“O castigo que regenera”

Portuguese Abolitionism in Júlio Dinis’s Uma família inglesa

Kristina M. Soric

Abstract

This article examines Júlio Dinis’s 1867 novel, Uma família inglesa: Cenas da vida do Porto as a commentary on imperial relations between Portugal and its imposing British ally in the nineteenth century, specifically as a response to England’s increasing pressures for the abolition of the Portuguese slave trade. A close reading of the text reveals a commentary in line with mid-century Regenerationist discourses urging for Portugal’s adoption of the basic tenets of British colonialism, including the active suppression of the slave trade, as a means of salvaging Portugal’s international reputation and achieving a place among the economically modern and socially progressive imperial nations. More broadly, Uma família inglesa’s appeals for abolition reflect the imperial worldview of the nineteenth-century Portuguese metropolis by which colonial exploitation and its victims were erased from imperial discourses that focused instead on national sovereignty, international prestige, and economic regeneration.

Resumo

Este artigo examina Uma família inglesa: Cenas da vida do Porto (1867), de Júlio Dinis, como um comentário sobre as relações imperiais entre Portugal e o seu aliado britânico no século XIX, particularmente em reação às contínuas pressões inglesas pela abolição do tráfico de escravos. Analisa o romance como uma crítica em concordância com os discursos do Regeneracionismo, os quais urgiam pela adoção dos princípios do colonialismo inglês, inclusive a supressão ativa do tráfico de escravos, como maneira de salvar a reputação internacional de Portugal e de conseguir um lugar entre os impérios capitalistas e progressistas da Europa. Mais amplamente, os apelos abolicionistas do romance refletem a cosmovisão metropolitana do século XIX pela qual a exploração colonial e as suas vítimas foram apagadas do discurso imperial, o qual se centrava em questões de soberania nacional, prestígio internacional, e regeneração econômica.

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