Urban Sorcery, Segregation, and Ethnographic Spectacle in Twentieth-Century Rio de Janeiro

Ana Paulina Lee

Abstract

In twentieth-century Rio de Janeiro, police and local authorities addressed “black magic practices” through surveillance and regulation that were related to new cartographic and discursive imaginaries of urban reform and segregation. Police raids were a common occurrence, and journalists who wrote about sorcerers and sorcery participated in a discursive mapping of Rio de Janeiro’s new urban imaginaries. This article examines a set of public health laws and policing tactics that monitored the activities of poor women and Afro-Brazilian spirituality under the assumption that their practices constituted black magic. Accusations of witchcraft represented a spectacle in which ideas adapted from eugenics and racial science to urban planning and capitalist modernity were enacted. Equally important, sorcery scenes present an important set of counter-narratives that demonstrate the ways in which urban residents deployed strategic performances as sorcerers and fortunetellers to counter police narratives that considered their bodies and activities to be heterodox and inadequate for secular urban modernity.

Resumo

No Rio de Janeiro do século XX, a polícia e as autoridades locais tratavam as “práticas de magia negra” por meio da vigilância e regulação que se relacionava a um novo imaginário cartográfico e discursivo de reforma e segregação urbana. Invasões policiais eram uma ocorrência comum, e jornalistas que escreviam sobre feiticeiros e feitiçaria participavam de um mapeamento discursivo de novos imaginários do Rio de Janeiro. Este artigo examina um conjunto de leis de saúde pública e táticas de policiamento que monitoraram as atividades de mulheres pobres e a espiritualidade afro-brasileira sob o pressuposto de que suas práticas constituíam feitiçaria e magia negra. Acusações de feitiçaria representaram um espetáculo em que ideias adaptadas da eugenia e da ciência racial ao planejamento urbano e à modernidade capitalista foram encenadas. Igualmente importante, as cenas de feitiçaria apresentam um importante conjunto de contra-narrativas que demonstram as maneiras pelas quais os residentes urbanos empregaram performances estratégicas enquanto feiticeiros e cartomantes para contrapor-se às narrativas policiais que consideravam seus corpos e atividades heterodoxos e inadequados para a modernidade capitalista secular e urbana.

This article requires a subscription to view the full text. If you have a subscription you may use the login form below to view the article. Access to this article can also be purchased.

Log in through your institution

Purchase access

You may purchase access to this article. This will require you to create an account if you don't already have one.