Abstract
In this study, I aim to think aesthetically and politically about Afro-Brazilian performance. To do this, I take into consideration the rehearsals and parades of the “Acadêmicos do Salgueiro” samba school in Rio de Janeiro. The school is built in the Salgueiro community and, like most of Rio’s famous schools, includes a large number of “wings” (alas in Portuguese): In addition to alas comprised of baianas, representatives of the Velha Guarda, passistas, and drums, there are three Masters of Ceremony paired with three flag bearers, a wing dedicated to telling the story and plot-theme that accompanies allegorical floats in Carnaval, and the Sound Car Team, formed by musicians, singers and directors of harmony. Based on my experience as a dancer and as a member of Salgueiro—and through the use of semi-structured interviews—I aim to evoke the movement of bodies inside the community. In this way, this essay presents an analysis of how bodies connect to the ground, to other bodies, and to the cosmos—all within the expansive confines of Salgueiro.
Resumo
Neste trabalho, busco pensar estética e politicamente a performance do chão afro-brasileiro nos ensaios e desfiles da escola de samba Acadêmicos do Salgueiro, na cidade do Rio de Janeiro. O chão da escola corresponde à comunidade do Salgueiro, ou seja, um grande grupo de corpos, que se subdivide nas diversas alas que compõem a agremiação da escola de samba, sendo responsável pelo assentamento da escola. A comunidade é formada pela ala das baianas, a ala da Velha Guarda, os três casais de mestre-sala e porta-bandeira, a ala dos/as passistas, a ala da bateria, ala dos compositores, as alas que contam o enredo da escola, os/as componentes das alegorias, e a equipe do carro de som, composta por instrumentistas, intérpretes e os/as diretores/as de harmonia. Assim, partindo de uma observação participante e dançante, e da utilização de entrevistas semiestruturadas, foco nas alas que contam o enredo da escola. O objetivo é evocar o movimento dos corpos da comunidade que fazem o Carnaval na sua dimensão performática, refletindo sobre esta corporeidade. O desfilar se faz com corpos conectados ao chão, aos outros corpos, ao cosmos, reverenciando os corpos ancestrais que vieram anteriormente. O chão afro-brasileiro da escola de samba nos ensina que o encantamento e a potência do ser se dão no encontro dos corpos, quando o corpo é vida comunitária em movimento.
- © 2022 by the Board of Regents of the University of Wisconsin System
This article requires a subscription to view the full text. If you have a subscription you may use the login form below to view the article. Access to this article can also be purchased.