An Early Encounter in the Global South

‘Abd al-Rahman al-Baghdadi’s Journey to the Brazilian Empire

Ali Kulez

Abstract

This article examines the Arab-Ottoman scholar ‘Abd al-Rahman Al-Baghdadi’s late-nineteenth-century journey to Brazil as an early encounter in the global South. Arriving at Rio de Janeiro in 1866, Al-Baghdadi established contact with Muslim enslaved and freed men of West African descent (malês). At their request, he stayed for three years in the country, guiding malê communities in Rio, Salvador, and Recife. Recently, the Summit of South American-Arab Countries (ASPA) sponsored a trilingual edition of Al-Baghdadi’s 1871 travelogue Musalliyat al-garib bi-kull amr ‘ağib (Deleite do estrangeiro em tudo o que é espantoso e maravilhoso / El deleite del extranjero en todo lo que es asombroso y maravilloso), which presents his journey as an early example of collaboration between Brazil and the Arab world and of solidarity in the global South. This article revisits Al-Baghdadi’s travelogue to critically evaluate this reading and to outline the possibilities and limitations of South-South encounters. After an overview of late-Ottoman views on slavery and Blackness as well as the tumultuous history of Islam in Brazil, I examine the travelogue to lay out four aspects of such encounters: the difficulty of recognition, the traveler’s conflicting solidarities, the presence of local allies, and the tension between orthodoxy and adaptation. I conclude that while encounters in the global South are obstructed by several difficulties because of their unsystematic nature, they allow for unexpected affects and solidarities.

Resumo

Este artigo examina a jornada do estudioso árabe-otomano ‘Abd al-Rahman Al-Baghdadi para o Brasil no final do século XIX como um dos primeiros encontros no Sul global. Chegando ao Rio de Janeiro em 1866, Al-Baghdadi estabelece contato com muçulmanos escravizados e libertos originários da África Ocidental (os malês), e a pedido deles permaneceu por três anos no país, ensinando o Islã no Rio, em Salvador e em Recife. Recentemente, a Cúpula América do Sul-Países Árabes (ASPA) patrocinou uma edição trilíngue do diário de viagem de Al-Baghdadi Musalliyat al-garib bi-kull amr ‘ağib (Deleite do estrangeiro em tudo o que é espantoso e maravilhoso / El deleite del extranjero en todo lo que es asombroso y maravilloso, 1871), onde sua viagem é interpretada como um dos primeiros exemplos de colaboração entre as duas regiões e de solidariedade no Sul global. Este artigo revisita o diário de viagem de imame para avaliar essa leitura e delinear as possibilidades e limitações dos encontros Sul-Sul. Após um panorama das ideias contemporâneas sobre a escravidão e a negridão no Império Otomano e a tumultuosa história do Islã no Brasil, examinamos o diário de viagem para expor quatro aspectos dos encontros Sul-Sul: a dificuldade do reconhecimento, as solidariedades conflitantes do viajante, a presença dos aliados locais e a tensão entre a ortodoxia e a adaptação. Concluímos que, embora os encontros no Sul Global sejam obstruídos por uma série de dificuldades devido à sua natureza não sistemática, eles permitem afetos e solidariedades inesperados.

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