“A Change Very Perceptible and Very Oppressive”

Climate, Epidemics, and Race in Brazil

Ian Read

Abstract

Europeans who wrote about Brazil during the colonial period (1500–1822) usually depicted the country as a healthy Eden and an exception to the “torrid zone.” For more than three centuries, a mostly positive impression of health and climate, shared by intellectuals across the Atlantic, influenced colonialism, European rivalries, the slave trade, and early national sentiment. The enduring reputation was ruined suddenly in the mid-nineteenth century by the arrival of new plagues and prejudicial ideas of racial degeneracy. Both the diseases and ideas were infectious, dramatically altering understandings of health and race well into the twentieth century. The rapid change in perception is illustrated by the beliefs of three medical experts, José Francisco Xavier Sigaud, Robert Dundas, and Gustavus Richard Brown Horner. These three men, French-Brazilian, Irish, and American respectively, exemplify the prevalent and transatlantic views of Brazil’s climate held by most medical and scientific men who lived in or studied Brazil. Yet they would revise their opinions dramatically when unfamiliar plagues arrived after 1849. When optimism finally returned in the early twentieth century, it rested on a new understanding of climate and race, but their entangled nature continues to persist.

Resumo

Textos escritos por europeus sobre o Brasil colonial (1500–1822) geralmente descrevem o país como um Éden saudável e uma exceção à zona tropical (ou “torrída”). Colonialismo, rivalidades europeias, tráfico negreiro e um inicial sentimento de identidade nacional foram influenciados por uma impressão predominantemente positiva sobre a saúde e o clima da região por parte de intelectuais pelo Oceano Atlântico, sentimento que perdurou por mais de três séculos. Esta reputação duradoura foi arruinada repentinamente em meados do século XIX com a chegada de novas pragas e ideias preconceituosas de degeneração racial. Ambas altamente contagiosas, alteraram dramaticamente os entendimentos da população sobre saúde e raça durante o século seguinte. Esta abrupta transformação de percepções foi documentada através das crenças de três médicos especialistas: José Francisco Xavier Sigaud, Robert Dundas e Gustavus Richard Brown Horner. Este grupo é composto, respectivamente, de um franco-brasileiro, um irlandês e um estadounidense. Em seus trabalhos, eles evidenciam as visões transatlânticas prevalentes sobre o clima brasileiro, visões que a maioria dos médicos e cientistas que viveram ou estudaram no Brasil carregavam. Estas visões passariam pela revisão drástica com a chegada das pragas desconhecidas após 1849. No início do século XX, o otimismo voltaria, baseando-se em um novo entendimento do clima e das raças. Mas a natureza entrelaçada destes persistiria.

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