Abstract
Criticisms and commentaries on the nature of Lispector’s “feminocentric” ideals, including the themes of representation of women within androcentric models or the “originary essence of being female” have been largely recognized by critics. Although Lispector herself rejected the label that categorized her as a feminist writer, her literary ideology is deeply rooted in discussing issues of gender, the politics of domestication in a man-woman relationship, and the limitations imposed on female protagonists under the compulsive forces of societal norms.1 My purpose in this essay is to develop upon the existing arguments offered by scholars on Perto do coração selvagem to present an analysis of Joana’s subjective growth in a patriarchal world. In the following article, I intend to focus on the institutions of power that influence or withhold female autonomy, the models of femininity that Joana confronts in her narrative journey, and ways in which she transgresses the restrictions imposed upon her to exercise a voluntary non-gendered, non-binary existence.
As críticas e comentários sobre a natureza dos ideais “feminocêntricos” de Lispector, contemplando os temas da representação da mulher dentro de modelos androcêntricos ou da “originary essence of being female” foram amplamente reconhecidos pelos críticos. Embora a própria Lispector tenha rejeitado o rótulo que a categorizava como escritora feminista, sua ideologia literária está profundamente enraizada na discussão de questões de gênero, a política da domesticação na relação homem-mulher e as limitações impostas às protagonistas femininas sob as forças compulsórias das normas sociais. Meu objetivo neste ensaio é desenvolver os argumentos existentes oferecidos pelos estudiosos de Perto do coração selvagem para apresentar uma análise do crescimento subjetivo de Joana em um mundo patriarcal. No presente artigo, pretendo focar nas instituições de poder que influenciam ou limitam a autonomia feminina, bem como nos modelos de feminilidade que Joana enfrenta no seu percurso narrativo e nas formas como ela transgride as restrições que lhe são impostas para exercer uma vontade voluntária de existência agênera e não-binária.
Resumo
Abstract
Criticisms and commentaries on the nature of Lispector’s “feminocentric” ideals, including the themes of representation of women within androcentric models or the “originary essence of being female” have been largely recognized by critics. Although Lispector herself rejected the label that categorized her as a feminist writer, her literary ideology is deeply rooted in discussing issues of gender, the politics of domestication in a man-woman relationship, and the limitations imposed on female protagonists under the compulsive forces of societal norms.1 My purpose in this essay is to develop upon the existing arguments offered by scholars on Perto do coração selvagem to present an analysis of Joana’s subjective growth in a patriarchal world. In the following article, I intend to focus on the institutions of power that influence or withhold female autonomy, the models of femininity that Joana confronts in her narrative journey, and ways in which she transgresses the restrictions imposed upon her to exercise a voluntary non-gendered, non-binary existence.
As críticas e comentários sobre a natureza dos ideais “feminocêntricos” de Lispector, contemplando os temas da representação da mulher dentro de modelos androcêntricos ou da “originary essence of being female” foram amplamente reconhecidos pelos críticos. Embora a própria Lispector tenha rejeitado o rótulo que a categorizava como escritora feminista, sua ideologia literária está profundamente enraizada na discussão de questões de gênero, a política da domesticação na relação homem-mulher e as limitações impostas às protagonistas femininas sob as forças compulsórias das normas sociais. Meu objetivo neste ensaio é desenvolver os argumentos existentes oferecidos pelos estudiosos de Perto do coração selvagem para apresentar uma análise do crescimento subjetivo de Joana em um mundo patriarcal. No presente artigo, pretendo focar nas instituições de poder que influenciam ou limitam a autonomia feminina, bem como nos modelos de feminilidade que Joana enfrenta no seu percurso narrativo e nas formas como ela transgride as restrições que lhe são impostas para exercer uma vontade voluntária de existência agênera e não-binária.
- © 2023 by the Board of Regents of the University of Wisconsin System
This article requires a subscription to view the full text. If you have a subscription you may use the login form below to view the article. Access to this article can also be purchased.